Entre mortos e feridos, salvam-se todos
- Dr Paulo Mendes
- 3 de abr. de 2020
- 2 min de leitura

Enquanto escrevo me lembro de um velho adágio popular "entre mortos e feridos, salvam-se todos", uma grande tolice que dizemos às vezes sem pensar, nunca poderia eu, médico com 25 anos de formado, compactuar com a legião de falecidos que se pretende produzir com o fim do isolamento social, proposto pelos leigos e políticos de plantão.
Eu fiz um juramento, "o alvo de atenção do médico é a saúde do ser humano", Art. 1º do código de ética médica, e vale lembra que dormindo e até morrer serei médico e que sou a favor de que se tenha um país de falidos e não de falecidos.
A responsabilidade de suprir a necessidades dos cidadãos que ficarão sem recursos ainda é dos governos Federal, Estadual e Municipal, que por certo aproveitarão o período pré-eleitoral para aumentar o seu assistencialismo em troca de votos, e depois? O que vai sobrar? Uma cidade quebrada e desassistida com desemprego e dívidas, um estado com um rombo fiscal maior do que já nos deixaram no período Sérgio Cabral e Asseclas. Um país sem recursos para investimentos, mas com um povo trabalhador e sagaz, que assim como o mundo todo terá que se reinventar.
O PIB mundial deve cair -1% e no Brasil perto de -4% só este ano. Os recursos terão que ser remanejados e o endividamento do país que não faz poupança (é fato) esses recursos até chegar à mesa dos prejudicados ainda vai demorar por causa da falta de eficiência de gestão pública.
São João da Barra que não sabe qual a verdadeira apuração dos valores arrecadados no Complexo Portuário do Açú (por falta de fiscais fazendários) precisa não se deixar vender para os estrangeiros que aqui fazem o que bem entendem. Quem fiscaliza isso hoje? Ninguém. Portanto, esses valores tendem a cair abruptamente deixando à míngua os cofres municipais, que na bonança não deixou legado sólido para seu povo como Educação, Saneamento e Infraestrutura, pelo contrário, desmontou a saúde com força e agora vai pagar caro e com vidas esse revés.
Ano de 2021 vai ser de orçamento curto, reerguimento, reconstrução, muito desemprego e corte de políticas sociais. É aí que precisaremos de alguém de visão e responsável para descascar o abacaxi deixado pela gestora atual.
Portanto escolha bem em quem confiar o seu voto eleitor! Você é o responsável pelo futuro de nossa cidade.
Para terminar, deixo uma reflexão, "salvemos os falidos ou ressuscitamos os falecidos?"
Uma boa páscoa para todos.
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